Os oleiros, que deveriam ser os principais impulsionadores para a criação de um projecto fundamentado e audaz para a dinamização desta arte, não assumem esta prioridade. Talvez a criação de uma Cooperativa ou Associação que os represente seja um passo importante para a valorização da sua profissão.
Ao analisar o site da Região de Turismo Dão Lafões, o artesanato de Molelos, até a data não merece qualquer destaque, nem tão pouco é referenciado devidamente tal como o valor possui. A casa que deveria ser uma referência do artesanato no distrito de Viseu (Casa da Ribeira), confesso que desconheço o trabalho realizado.
A Câmara Municipal de Tondela e a Junta de Freguesia de Molelos tem apoiado esta arte através de várias iniciativas. Contudo é evidente que muita coisa pode ser feita, ou melhor, tem que ser feita.
Existem em Portugal uma infinidade de eventos e produtos que identificam uma terra, porque é que a Loiça negra de Molelos não pode ser uma referência nacional?
O engrandecimento de uma Terra resulta do aproveitamento dos recursos existentes ou da criação dos mesmos. O criação de algo envolve uma série de factores que podem não estar ao alcance das pessoas a curto/médio prazo por questões económicas, ao invés do aproveitamento de um recurso, que facilmente pode ser promovido, divulgado afim de alcançar um patamar de referencia.